Até mesmo um código ruim pode funcionar, no entanto, se não for limpo, ele pode trazer muitos prejuízos para qualquer empresa. Desde gastos desnecessários até a perda de inúmeras horas e recursos importantes.
E é exatamente isso que o Clean Code ou Código Limpo tenta combater: códigos ruins, mal escritos, problemas com legibilidade, escalabilidade e manutenção.
Todo programador precisa ter em mente que, por mais que um código esteja pronto e funcionando, não quer dizer que ele nunca mais precisará de revisão. Muito pelo contrário, sistemas precisam de atualizações frequentes bem como a implementação de novas funcionalidades.
Se você quer se tornar um excelente programador e já ouviu falar em Clean Code, mas não está muito familiarizado com o assunto, precisa ler este artigo. Esta filosofia consiste em aplicar técnicas simples que facilitam a leitura e escrita de um código.
Além disso, essa filosofia traz inúmeros benefícios aos programadores, pois também facilita a manutenção do código fonte e a realização de testes necessários para verificar se a lógica está correta e o programa cumpre com a sua função.
Também falaremos sobre a origem desta expressão, porque você deveria usar o Clean Code e boas práticas para manter o seu código limpo. Boa leitura!
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O que é clean code?

Clean Code, em português código limpo, é uma filosofia de desenvolvimento que tem como principal objetivo fazer com que códigos sejam facilmente escritos, entendidos e mantidos pelos desenvolvedores através de um conjunto de boas práticas. Dessa forma, o desenvolvimento de aplicações com códigos de qualidade é garantido e eles podem ser reutilizados com facilidade.
Em outras palavras, o Clean Code visa tornar o desenvolvimento e a manutenção de um código cada vez mais simples. Afinal, o gargalo principal no desenvolvimento de software está na manutenção.
Quando temos um código limpo, gastos desnecessários com manutenção são evitados e ele está pronto para novas atualizações e melhorias.
As técnicas do Clean Code apareceram pela primeira vez em 2008, no livro Clean Code: A Handbook of Agile Software Craftsmanship, do engenheiro de software Robert Cecil Martin, mais conhecido como “Uncle Bob”.
Seguir os princípios do Clean Code e manter um código limpo é, na maioria das vezes, fácil e prático. Basta trocar o nome de uma variável por um melhor, converter funções grandes que fazem várias coisas para outras menores que fazem uma única tarefa, eliminar código duplicado, entre outros.
No entanto, alguns princípios exigem que você mude a sua forma de pensar. E para garantir que o código esteja no padrão Clean Code, é preciso seguir uma série de orientações. Falaremos algumas delas mais à frente.
Por que você deveria usar o clean code

A produtividade de um programador está relacionada à qualidade do código em que ele trabalha, dessa forma, realizar a manutenção é muito mais complicado do que desenvolver um software do zero.
Segundo o autor do livro Clean Code, a proporção de leitura para escrita do código é de 10:1. Ou seja, os desenvolvedores passam muito mais tempo tentando entender um código escrito por outra pessoa do que desenvolvendo em si.
Por isso, usar um código limpo e de fácil leitura é tão importante. Realizar a manutenção fica muito mais fácil quando o desenvolvimento foi feito com base em boas práticas de programação.
Se você quer ser um 10xdev e mais produtivo, precisa começar escrevendo um código mais limpo.
Segundo Martin Fowler: “Qualquer um consegue escrever código que um computador entende. Bons programadores escrevem código que humanos entendem”.
Boas práticas para manter o seu código limpo
Diversas características são necessárias para que se tenha um código limpo. Entre elas estão que ele seja:
- legível: quanto mais fácil for ler o código, mais rápido e menos esforço fazemos para entendê-lo;
- testável: testar o código dá segurança para o desenvolvedor alterá-lo. Dessa forma, ele consegue garantir que o cenário previsto está de acordo com o esperado;
- fácil de ser mantido: um código limpo deve ser passível de adição de novas funcionalidades bem como de legibilidade e manutenibilidade.
Assim, o código limpo evita gastos desnecessários com manutenção e está preparado para atualizações e melhorias. A seguir listamos algumas boas práticas para manter o seu código limpo com base no livro Clean Code:
- cuidado com os nomes! Para um bom entendimento do código é fundamental nomear variáveis, funções, parâmetros, classes ou métodos de acordo com suas funcionalidades. Evite utilizar nomes difíceis de pronunciar, não utilize caracteres especiais, seja preciso e passe a ideia central. É preferível um nome longo e legível do que um aglomerado de letras;
- mantenha suas funções simples, claras e pequenas: para estruturar um código limpo, é necessário criar funções simples, pequenas e claras. Elas devem ter apenas uma tarefa e cumpri-la da maneira mais simples possível. Dessa forma, um método pode ser reutilizado diversas vezes em seu código, facilitando sua manutenção a longo prazo;
- siga a regra do escoteiro: uma das regras dos escoteiros é deixar a área em que está acampando mais limpa do que quando a encontrou. Trazendo para o mundo da programação, significa deixar o código mais limpo do que estava antes de mexer nele. Você já precisa refatorar todas as funções antes de fechar um arquivo, apenas melhorar o nome de uma variável, tipar o retorno de um método e etc. De pouquinho em pouquinho seu código vai ficando mais limpo
- evite repetições excessivas: se você precisar utilizar determinada query mais de uma vez ou precisa converter um valor com frequência, crie uma função e mantenha seu site consistente.
- evite códigos comentados: comentários só devem ser feitos se forem realmente necessários. Os códigos são modificados com frequência, os comentários não. Dessa forma, eles deixam de retratar a funcionalidade real dos códigos. Comentários devem ser utilizados com moderação e alterados sempre que houver necessidade. Este é ponto mais controverso do Clean Code, pois muitos desenvolvedores preferem trabalhar com códigos comentados. Aqui na VVerner nós preferimos manter os nomes das funções e variáveis adequados e tipados e evitar assim a documentação manual.
- trate os erros: erros acontecem o tempo todo e na programação não é diferente. Mas como bom desenvolvedor você precisa garantir que o código continuará fazendo o que precisa. É importante realizar o tratamento de erros para garantir o bom funcionamento do software e para exibir mensagens esclarecedoras sobre o problema encontrado;

- execute teste limpos: um código só é considerado limpo após ser validado através de testes que também devem ser limpos. Testes limpos seguem as regras:
- Rapidez (fast): os testes devem ser rápidos para que possam ser realizados várias vezes;
- Independência (independent): devem ser independentes para evitar o efeito dominó quando ocorre uma falha, dificultando a análise individual;
- Repetitividade (repeatable): deve permitir a repetição do teste várias vezes e em ambiente diferentes;
- Auto validação (self-validation): testes bem escritos possuem como resultado respostas do tipo “verdadeiro” ou “falso” para que a falha não se torne subjetiva;
- Pontualidade (timely): os testes precisam ser escritos antes do código de produção, evitando que ele fique complexo demais para ser testado.
Os princípios do Clean Code fazem com que o código seja compreendido mais facilmente e que manutenções possam ser realizadas de forma rápida e eficiente. Por isso, ele é uma filosofia importantíssima e que veio para ficar.
Para usufruir de todos os seus benefícios, basta adotar as práticas acima. Caso queira aprofundar ainda mais, não deixe de ler o livro Clean Code: A Handbook of Agile Software Craftsmanship.
Esperamos que este artigo ajude você a melhorar o seu desempenho na hora de programar. Caso tenha alguma dúvida ou algo a acrescentar, deixe nos comentários!
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